Vem, mãe, intervém me gruda de novo no peito que saudade do teu leite
Chega de tomar porrada entregando grana, celular e esperança, mãe
Vampiros governando sugaram toda minha fé no próximo, mãezinha
Me salva, mãe, intervém não quero mais ser livre me protege nas tuas tetas mãe!
Bom dia, Marcos, vou te escolher para esta conversa porque você não está tão distante assim de mim, querido bisneto, rsrsrsrs. É para rir mesmo, Marcos, de pena. O governo federal interveio na área de Segurança Pública do Rio de Janeiro, tamanho o medo da sociedade de sair às ruas. Ela ainda não consegue bloquear o perigo que a espreita, combate apenas o vírus instalado, mas quando o próprio antivírus capitula... Aqui, a longa governança de atuais presidiários só se distinguia dos métodos de seus iguais, bandidos comuns, pela intelectualidade dos crimes cometidos, sem causar comoção social: arrastões silenciosos para surrupiar a sociedade, tudo na perfeição, sem o desgaste do primitivo corpo a corpo, bandido e vítima...
E a consequência chegou, descontrole da segurança – mas não somente -. Alívio para o governo estadual, coração leve e agradecido com a intervenção federal na sua incapacidade de governar, declarando que realizou muito pelos cidadãos, assim mesmo, na cara de pau.
Mas há evolução, sim, Marcos. Já não se fuma em ambientes fechados, não se joga lixo na rua e o cocô dos nossos cachorrinhos é recolhido no ato pelos donos!
Espero que estas pequenas coisas tenham crescido aí na sua época, Marcos. Beijos do bisavô Cláudio.